Necrose Avascular da Cabeça Femoral (Quadril) Revista Saúde.
- Dr. Daniel Codonho
- Agosto, 2018
É uma doença muito comum em adultos jovens (de 30 a 50 anos), mais comum em homens e que consiste na falta de suprimento sanguíneo, ou seja, um infarto ósseo na cabeça femoral, com consequente morte das células ósseas.
É uma condição dolorosa, de rápida evolução e que pode gerar a destruição da articulação com consequente artrose (desgaste da cartilagem) e limitação funcional, caso não seja diagnosticada e tratada nas fases iniciais da doença.
A causa é incerta, multifatorial, porém certos fatores de risco e predisposição genética podem determinar o aparecimento da doença
Fatores de Risco:
1. Uso de corticoides;
2. Alcoolismo e Tabagismo;
3. Lesões Pós-Traumáticas, como fraturas e luxações do quadril;
4. Doenças Hematológicas, como Anemia Falciforme;
5. Outras doenças, como Doença de Gaucher, Lupus, Doença do mergulhador, doenças reumatológicas, HIV, entre outras.
Os sintomas iniciais são de dor na região da virilha e na região glútea e na fase mais avançada da doença, dor intensa à deambulação e limitação de movimentos com perda da qualidade de vida e marcha alterada (claudicante).
O diagnóstico é realizado através do exame clínico e de exames complementares como radiografias e ressonância magnética. O sucesso do tratamento depende do grau de comprometimento e da extensão da Necrose. Quanto mais precoce é feito o diagnóstico, melhores as chances de se salvar a cabeça femoral.
Nas fases mais avançadas, com colapso articular, a substituição do quadril por uma prótese total (artroplastia) é o método considerado “Padrão-Ouro”. Nas fases iniciais há opções de tratamento menos agressivas com perfurações (foragem) ou descompressão da área de necrose com ou sem o uso de enxerto ósseo.
O uso de terapias celulares como Plasma Rico em Plaquetas e Aspirado de Medula Óssea ainda carecem de maiores estudos. O tratamento conservador com o uso de muletas e analgésicos e repouso geralmente evolui com progressão da doença nos primeiros 4 anos após o diagnóstico em mais de 80 % dos pacientes.