As fraturas do fêmur no idoso são muito frequentes e dados recentes mostram que 1,6 milhões de pacientes sofrem fratura do quadril anualmente no mundo.

Os pacientes apresentam elevado índice de complicacões e difícil reabilitação, sendo que até 1/3 dos pacientes morrem no primeiro ano pós-fratura.

O principal fator causal é a osteoporose e é muito frequente a associação de outras doenças principalmente nos pacientes acima de 70 anos, como:

- Hipertensão;
- Diabetes
- Câncer
- Insuficiência cardiaca
- Artrose
- Perda da visão e audição
- Demência
- Quedas repetidas
- Doença coronariana

O quadro clinico se caracteriza por dor na região do quadril e limitação para caminhar após traumas de baixa energia, como quedas da própria altura. Fraturas associadas de coluna, punho e ombro ocorrem frequentemente e devem ser investigadas.

O diagnostico é confirmado através de radiografias simples ou tomografia em casos de fraturas sem desvio.

O tratamento deve ser realizado em caráter de urgência, pois a cirurgia precocemente realizada ( 24-48 horas) está relacionada com menor risco de mortalidade.
A decisão quanto a melhor técnica é definida através do padrão da fratura (desviada ou não) e da idade do paciente, doenças associadas e nível de atividade.
As fraturas sem desvio ou impactadas geralmente são tratadas através de técnica minimamente invasiva e a fixação é realizada com parafusos percutaneos. Nas fraturas desviadas em pacientes mais idosos (acima de 70 anos) a prótese de quadril tem se mostrado uma excelente opção para devolver a qualidade de vida aos pacientes.